Thursday, October 13, 2005

Vai entender...


Sai para tomar umas cervejinhas com os amigos. Bebemos até o limite, rimos a noite toda, balanceando as coisas da vida. Quando chego em casa a mulher está com uma tromba deste tamanho. Cara fechada, olheiras. No dia seguinte nem bom dia nem o simpático café costumeiro. Me senti péssimo, culpado. Na semana seguinte, coincidentemente também numa quinta-feira houve um grande serão na empresa. Foi um trabalho de cão. Tivemos que refazer todas as planilhas, cálculos, textos; discussões durante a madrugada. Três e maia da manhã caiu a rede. Chama o japonês. Retomamos às cinco e só conseguimos concluir o fardo com o sol já forte. Cheguei em casa exausto, amassado e contei à mulher com detalhes o périplo daquele horror. Ela me deu um beijo, tirou o meu terno e pendurou-o com delicadeza. Enquanto eu relaxava no banho de banheira que estava ponto, ela preparou um suculento sanduiche de pernil acompanhado de um refrescante suco de caju. Massageou sutilmente minhas costas já na cama cheirosa e fechou bem as cortinas. Me senti péssimo quando, no dia seguinte, passei a questionar que tipo de vida ela queria para mim.

5 comments:

Anonymous said...

Essa mania de se querer coisas para os outros! Ou será para nós mesmos que se querem?...
(Bem, chamar "cervejinhas" a estes copázios que até fazem suar...)

Mídia B said...

Acho que querem para o outro aquilo o que melhor se adpta a sí. Esse post é uma provocação às mnhas feministas de plantão. Espero apanhar muito aqui.

Anonymous said...

Tem piada, pois eu acho que as que não são feministas é que pensam isso. Espero que não apanhes muito, será bom sinal de evolução humana...

Café d' Avó said...

Será que é ela que quer um tipo de vida para ele ou ele que quer para ela? Coitada dessa mulher e desse rapaz são muito complicados...

Anonymous said...

Queria vc ter alguém q quisesse realmente te massager as costas , e o resto então...?