Monday, October 24, 2005
Eternamente
Pixinguinha foi um dos mais geniais músicos brasileiros de todos os tempos. Andava sempre com um paninho onde havia o desenho de um teclado de piano. Quando estava longe de um instrumento, abria esse pano e começava a compor onde estivesse. Fez inúmeros acordes e melodias que imortalizaram a sua obra a partir desse pedaço de pano. Que sonho. Tipo da coisa que jamais conseguiremos, coisa que nenhum dinehiro poderia comprar. Tom Jobim o admirava muito e um dia em sua casa disse que a obra do velho Pixinga - assim como a Bossa Nova - tratava-se de música eterna, um verdadeiro clássico. Dizia o maestro, "os classícos, como acontece com a música erudita, passaremos séculos e séculos tocando, tocando...".
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10 comments:
Que bela imagem! De quem é? E que bonita a ideia do paninho com o desenho de um teclado de piano!
Espectacular essa do paninho!
Noutra onda fez-me lembrar o Rodin, que pintava um ovo estrelado na mesa quando tinha fome e estava sem dinheiro.
Coisa de gênio...imaginar acordes. Ainda vou explorar melhor essa história. Obrigado pela atenção.
Eu não conhecia essa história do Pixinguinha...conheço outras tão geniais quanto. Nada como começar a semana com a música...é um bom presságio. mais vamos lá:
"meu nome completo é Alfredo da Rocha Viana Júnior. Nasci em 23 de abril de 1898 [Dia de São Jorge!], no bairro da Piedade. A rua não posso precisar...O meu apelido não era Pixinguinha e suim Pizinguim. Pizinguim foi dado pela minha avó africana. Segundo o Almirante [outro compositor] quer dizer"pequeno bobo". Já Pixinguinha surgiu porque contra´bexiga, na epóca da epidemia. Começaram então a me tratar de bexiguinha e depois Pexinguinha. Houve essa confusão e eu não sei porque fiquei como Pixinguinha". Entrevista realizada em 1968, pelo Museu da Iamgem e do Som do Rio de Janeiro, por ocasião dos 70 anos de Pixinguinha
O que eu estou a aprender! Agora quero mais! (não há nada como a concorrência. Quem sai ganhando é o cliente :)) )
Então e o quadro de quem é, Chegs? Estou à espera da resposta...
Desculpe-me pela demora, M. O artista chama-se Jay Russell.
Obrigada.
Ainda sobre a música brasileira. Do pouco que conheço (que não é assim tão pouco), há um aspecto que acho marcante e me agrada muito, e nisso vejo-lhe arecenças com a música francesa: são as letras. Claro que isto é uma generalização, mas de uma forma geral tanto uma como outra têm letras muito bonitas, com sentido e que contam histórias. Muito diferente dos intragáveis "hold me tight", "love you baby", "make my dreams come true" etc. etc. :)
ps: ontem, em Lisboa, tive um almoço mineiro de sopa de mandioca seguido de "tutu de feijão" (será assim?), acompanhado de Pixinguinha.
Nossa! Como diria a Madame Rancière, a humanidade estava te esperando para ter o estalo de que Pixinguinha é um gênio, parabéns, mais uma vez vc me abriu os olhos, coloca no Estadão, eles com certeza vão saber apreciar a tua genialidade como escritor.
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