Wednesday, November 30, 2005

Quando a incompetência vence o sonho


De Evandro Éboli em O Globo:
"Numa sessão tumultuada, a bancada ruralista derrotou o governo ontem na CPI da Terra e conseguiu aprovar o relatório apresentado pelo deputado Abelardo Lupion (PFL-PR), fazendeiro e um dos coordenadores do grupo no Congresso.
Os ruralistas derrubaram o parecer do relator João Alfredo (PSOL-CE) por 13 votos a 8, o que deixou indignados parlamentares da base, em especial do PT. Em protesto, eles abandonaram a reunião.
O texto de Lupion recomenda a aprovação de um projeto de lei que tipifica invasão de terra como crime hidiondo e a classifica como ato terrorista".

Realmente esse governo é formado por incompetentes e babacas, além de irresponsáveis e cretinos. Não bastasse perderem por 13 a 8 uma questão que dominam e discutem com a sociedade há, pelo menos, duas décadas, ainda abandonam uma importantíssima reunião ‘batendo o pezinho’ e rasgam documentos garantidos pelos procedimentos democráticos. Esse povo fascista do PT deveria trabalhar mais e chorar menos. Assim, conseguiram interromper um processo que poderia possibilitar a estruturação de um plano agrário a médio e longo prazos; permitiram o fortalecimento da bancada ruralista; romperam com suas bases (traição) ao debandarem das discussões... etc etc etc... Nunca vi tanta inaptidão para se pilotar uma escrivaninha...

Wednesday, November 23, 2005

Curta Vida


Meu amigo baiano é que tem razão:

"O que se leva dessa vida é a vida que se leva".

Portanto, vivamos!!!

Pele da cor do lado de dentro da casca de amendoim

Tuesday, November 22, 2005

FOR NO ONE

























"Your day breaks, your mind aches
You find that all the words of kindness linger on
When she no longer needs you
She wakes up, she makes up
She takes her time and doesn’t feel she has to hurry
She no longer needs you
And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years!
You want her, you need her
And yet you don’t believe her when she said her love is dead
You think she needs you
And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years!
You stay home, she goes out
She says that long ago she knew someone but now he’s gone
She doesn’t need him
Your day breaks, your mind aches
There will be time when all the things she said will fil your head
You won’t forget her
And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years!"

Saturday, November 19, 2005

À Flor da Pele


São amigas inseparáveis. Xingam-se, gritam uma com a outra, uma cena só, parece que tudo acabará em tragédia. Não há pudores, nada que não possa ser dito. Tudo é dito, na cara, sem muitas ponderações. Elas trocam farpas de amor. Choram aos montes, umas pelas outras. Umas por causa das outras, pelas dores de uma e de outra. Irmãs pela moral, ideologia, lealdade e - acima de tudo – o amor! Damas delicadas são diante do grande público, aquilo que muitos gostariam de ser, mas nem todos o conseguem, nem por boa vontade. Elegantes, finas, inteligentes, sagazes, mulheres de dar inveja a qualquer um(a). Eu que não sou besta apenas observo e admiro o que vejo como aquele garçom em pé arrumando a mesa de trás. Chego a fingir que não é comigo, mas estou atento aos seus movimentos. Apenas escuto e aprendo que mesmo que elas estejam trocando elogios podem estar tratando de questões extremamente profundas e complexas. São amigas. Amigas de dar gosto. Nós os homens – que jamais entenderemos a filosofia feminina – não podemos imaginar como se dá a sua amizade. Mas parece intensa, à flor da pele. Como dizia um mal humorado brasileiro, “um amigo muito íntimo se torna tão inútil quanto um parente”.

(Atendendo ao pedido de minha mais nova amiga M - que respeito e considero uma grande escritora. Aos meus companheiros Carlos e Silva)

Foco


Flores aos vivos, ainda que os mortos também as necessitem.

Tuesday, November 08, 2005

Oscilações...


Sentado diante da mulher amada ele a olhava até com emoção. Ela falava muito sobre tudo e aquilo o envolvia, lhe causava uma certa hipnose.
Do nada ela lhe disse: “Eu não te amo!”.
De pronto, ele respondeu: “Azar o seu!”.

Historinha


O Rei comemorava o nascimento de seu terceiro filho enquanto chorava a morte de sua esposa. Comovido com o fato, o mago lhe concedeu três desejos para que fossem usufruídos por cada um de seus filhos ao completarem a maioridade. Sua alteza teria apenas que orientar aos meninos com sensatez às respectivas escolhas. E assim se deu o encanto. No aniversário de dezoito anos de seu primeiro filho o rei logo observou que aquele tinha pedido pela riqueza. Do dia para noite tudo o que fazia se multiplicava em fortunas. Não cabia mais dinheiro em um reino. O rapaz ficou milionário e assim se afastou dos seus, sumiu no mundo. Soube-se que virou um tirano beberrão. O segundo filho passou para a idade adulta com uma orientação maior do pai. Fora bem melhor orientado, principalmente baseado na trágica experiência de seu irmão desertor. Pensou tanto que acabou optando pelo mais obvio. O rei percebeu que aquele moço estava cad dia mais deprimido. Pensava sem parar e sobre tudo refletia. Ele tinha desejado possuir todo o conhecimento do mundo e assim o teve. Não podia mais suportar tanta informação sobre a miséria e a desgraça que assola o ser humano. Tornou-se um jovem rabugento e amargo. Suicidou-se em três semanas. Restou o mais novo dos rebentos que, homem feito, seguro, experiente com tudo o que vivera até então tentou ser ainda mais sensato e comedido de todos. Não pensava em luxos nem em poderes extraordinários. Disse ao pai que seria certeiro em sua decisão. Fez o pedido isolado em seu quarto. Horas depois constataram que havia morrido imediatamente. Inconsolável o rei perguntou ao mago “mas o que ele pode ter pedido que lhe fizera tão mal?”. E o velho enrugado sentenciou, “o menino era bem intencionado, mas queria algo inexistente nesse reino: a felicidade”.